sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dica: Advertência Sobre Tiros De Advertência.


Ouve-se falar com freqüência em tiros de advertência, entretanto, em defesa pessoal, é bom esquecer essa expressão e o que possa significar.

Use sempre, em situações de defesa pessoal, a posição de tiro que aprendeu com o seu instrutor ou instrutores; aquela a que se adaptou melhor por conta do seu biótipo e hábitos como atirador(a).

Ao sacar a sua arma, mantenha sempre a empunhadura e a visada e faça pontaria no ponto do corpo do agressor correspondente àquele assinalado nos alvos de papel como a “mosca”: o lado esquerdo do peito. Não há tempo para hesitação em defesa pessoal, quanto mais para reflexões descabidas sobre em que parte do alvo atirar. Alinhe o segundo tiro em função do primeiro, o terceiro em função do segundo, e assim por diante, mirando continuamente naquela área que é a única adequada e correta a ser mirada no tiro de defesa pessoal.

Esqueça o disparate de pretender alvejar cabeça, perna, braço ou qualquer outro ponto do corpo humano além da referida “mosca” (sobre o coração). O tiro que atinge essa região com calibre adequado à defesa pessoal causa estado de choque no agressor.

O condicionamento derivado do treinamento serve, inclusive, para desvincular o alvo da própria condição de ser humano nos instantes cruciais da ação em legítima defesa: um alvo será um alvo perigoso e aflitivo naquele lapso de tempo e nada mais. Depois de alvejar o agressor e vê-lo parar de avançar contra você, passe, então, a refletir sobre a necessidade de prestar socorro a ele, se ainda estiver vivo, mas nunca antes disso. Retornando ao encetamento deste breve comentário, nunca dê tiros de advertência. Imagine o quanto seria absurdo que você, depois de treinado(a) e autocondicionado(a) a atirar numa posição ideal de tiro, com uma empunhadura e uma base ideais para a sua conformação física, fosse sair dessa postura exatamente num momento de perigo real, movendo os braços para baixo ou para o alto, por exemplo, e facilitando assim o seu desarme?

Esquive-se completamente dessa idéia. Para um tiro de advertência plausível, ter-se-ia que ter o agressor sob mira, controlado, e, então, num movimento extremamente rápido, disparar-se apontado apenas o cano (ou a massa de mira) para a região em torno do alvo, sem atingi-lo. Em seguida ao tiro de advertência, se voltaria imediatamente a mirar sobre a “mosca” .

Entretanto, mesmo isso não é recomendável.

Se forem dois os alvos, atire da mesma forma: alvejando o primeiro e, depois, o segundo, sem nunca sair da sua posição ideal de tiro, até o fim da ação. Mova apenas o quadril e/ou as pernas (base), mas não perca a visada, nem relaxe a sua empunhadura que também é uma guarda e dificulta a agressão em si e o desarme.

O tiro em estandes, geralmente, prepara de modo deficiente para a defesa pessoal porque não é ensinado nada sobre como se movimentar com as pernas, mantendo a empunhadura correta. Em estandes, não se aprende a atirar agachado quando já há fogo aberto ao se efetuar o saque, nem se aprende a atirar barricado.

De toda forma, faça apenas o que estiver condicionado a fazer nas situações de defesa pessoal e busque o melhor condicionamento (treinamento) possível, pois o mal maior não marca hora para acontecer, simplesmente acontece, quando menos se espera. Este é o caminho para se obter os melhores resultados na legítima defesa.



Feedback


O Erick, um policial experiente e muito culto de São Paulo que, atualmente, é mediador da nossa comunidade do orkut, fez uma ressalva ao meu texto, ponderando que o tiro de advertência na defesa residencial, uma situação que nós não tínhamos abordamos ainda, seria válido, evitando confrontos. E complementou com esse comentário muito interessante:

"A Polícia Civil paulista adotou oficialmente uma doutrina de "progressão de uso de força" na qual o uso de controle desarmado e técnicas não-letais foi simplesmente abolido. A progressão é feita completamente em torno da ameaça do uso da arma de fogo até que, caso necessário, seja utilizada de fato. A idéia é evitar o atracamento do agressor com o policial e a possível tomada da arma deste. Na seguinte ordem: voz de comando, empunhar a arma ainda no coldre, sacar a arma sem apontá-la, apontar a arma, disparo em região não-letal e, por fim, disparo letal".

De toda forma, ainda que a polícia tenha instrução para atirar em região não-letal do corpo dentro de uma doutrina de progessão de força, eu continuo NÃO recomendando, que você, cidadão civil, agindo em defesa da sua vida, cometa uma bravata dessas, em hipótese nenhuma: o tiro de defesa pessoal deve ser dado sempre no mesmo local, qual seja, o lado esquerdo do peito, indicado nos alvos de papel, com o escopo de parar o agressor.

Atirar para o alto a fim de advertir invasores numa residência eu, de mim, também NÃO recomendo muito e, da minha parte, até contraindico com base na Lei: o disparo de tiro a esmo em lugar público ou habitado, é crime inafiançável, sujeitando o Autor a pena de reclusão de até quatro anos.

Ademais, sempre há o risco de que uma bala perdida do alvo atinja a terceiros, sobre o que vale ler esse bate-papo bem informal com um advogado criminalista no fórum Jus Navegandi:

Legítima Defesa - terceiro atingido por tiro:
http://forum.jus.uol.com.br/discussao/55361/legitima-defesa/

.......

Após a argumentação acima, na mesma comunidade do orkut, o amigo policial respondeu nestes termos:

" Bem adeqüada sua ressalva.

Caso se opte pela tática do tiro de advertência, sempre procure atirar contra uma superfície capaz de parar o projétil (de preferência solo não-asfaltado ou madeira, como um tronco de árvore), e nunca para o alto".

O colega prosseguiu, fazendo uma explanação que pode ser lida no orkut, através do link abaixo:

Sobre o crime de "disparo de arma de fogo"


Apostilas e Livros,"Modern Gunsmithing" e etc



"Modern Gunsmithing". Autor: Clyde Baker. 1935.


Este livro é um clássico sobre a arte de construir armas de fogo.
Leitura excelente para armeiros, pessoas que desejem aprender essa profissão,
praticantes de tiro esportivo, colecionadores de armas e quaisquer interessados.

Baixe o livro aqui


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Modern Gunsmithing". Vol 1 e 2. Autor: James Virgil Howe. 1941.

Outro livro clássico sobre a arte de construir armas de fogo baseado no de Clyde Baker.
Este tratado é muito indicado por especialistas como basilar para armeiros, atiradores,
colecionadores e aficcionados em geral. Uma obra preciosa
.


Baixe aqui o -Volume 1

Baixe aqui o -Volume 2


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Pistola-Metralhadora 9mm.

Manual para armeiros sobre como construir uma pistola-metralhadora no calibre 9mm.

Leitura interessante para qualquer interessado no mecanismo interno das armas.

Clique aqui para baixar o manual ilustrado


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"The .22 Silenced Pistol"

Manual para armeiros e leitores entusiastas sobre como construir uma pistola
semiauto no calibre .22 LR com supressor acoplado. Conceitos básicos da Ruger MK II
.


Clique aqui para baixar a apostila


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Escopeta calibre 12.

Essa apostila ensina como construir uma escopeta calibre doze.

É um trabalho técnico para armeiros aprendizes, mas pode ser lido para melhor
entendimento do funcionamento interno de uma arma por qualquer um.


Baixe a apostila aqui

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The Silenced Ruger Pistol


Manual sobre uma das mais refinadas armas projetadas para matar com discrição e modificações.


Download aqui



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The Silencers"

Brochura sobre silenciadores produzida pelo movimento "survivalist" norte-americano.



Baixe aqui


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Engenharia da MAC-11, em .380 ACP


Submetralhadora supersimplificada de alto poder de fogo.



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"MAC 10 Suppressor"

Supressor para submetralhadora MAC-10.



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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O Atentado De Stockton E A Letalidade Do 7.62x39mm



Neste artigo abaixo, enviado a mim para exame por um leitor nosso, o coronel médico reformado estadunidense Martin Fackler diz "que a munição do AK47 não é isso tudo que a mídia,
imprensa, cinema, TV e literatura especializada alardeam nos EEUU". O polêmico Dr. Fackler baseia-se no chamado "massacre de Stockton", ocorrido numa escola da cidade de Stockton, Califórnia, em 1989, onde das 34 crianças e um professor atingidos por tiros de uma versão chinesa do rifle AK-47 soviético construídaem 1956, 30 vítimas sobreviveram, levando Fackler a esbravejar contra a suposta baixa letalidade do calibre 7.62x39mm com a munição militar padrão e contra os supostos exageros da mídia quanto à qualidade do fuzil:

http://www.cs.cmu.edu/afs/cs/usr/wbardwel/public/nfalist/fl_aw_report2.txt .


O texto merece, de início, todas as ressalvas pertinentes à argumentação básica de Fackler de que não existiria "stopping-power" somadas às advertências quanto ao fato de que não se explica no artigo quantos dos tiros em questão passaram de raspão, quantos atingiram apenas membros e quantos atingiram tórax. Ora, saber-se quantos dos referidos disparos passaram de raspão ou atingiram apenas membros era rigorosamente tudo o que importava em relação à argumentação que o precaríssimo artigo encerra para que se pudesse avaliá-la, contradizendo ou referendando a sua discussão central, ou seja, para que se pudesse julgar o mérito do texto. São casos semelhantes de inépcia absoluta em argumentações disformes escritas levam os magistrados a deixarem de conhecer o teor de determinadas petições: o texto de Fackler está, pois, abaixo de toda e qualquer crítica na sua argumentação central, restando a possibilidade de se avaliar conteúdos periféricos àquela e interessantes que pudesse conter.

Contudo, o demais do que é dito no artigo não passa de uma compilação de clichês furtados aos fóruns sobre armas de fogo de domínio público, exceto pelas chacotas de mal gosto e sem qualquer fundamentação, boa ou má, que o coronel médico reformado faz contra as pesquisas científicas sobre o choque hidrostático e seus efeitos, as quais se encontram reunidas no que hoje vem sendo compreendido como uma teoria (vide "Hydrostatic Shock").

O incidente de Stockton já fora comparado por alguém que não merece menção à ação de um "sniper" atirando com uma luneta para forçar a absurda interpretação de que o calibre 5.56x45mm teria maior grau de letalidade que a munição padrão do AK47 em 7.62x39mm... Contudo, esse é um disparate que eu não cheguei a ler nos textos do polemista Martin Fackler, até o momento. O coronel médico compara sim, curiosamente, no paupérrimo artigo em questão, o rendimento do 7.62x39mm com o do 12ga em outros atentados. Assim, compara o aproveitamento de uma arma e munição adequados a CQB com o de uma arma de uso militar de categoria e características inteiramente diversas, echegando perto de concluir o óbvio ululante: as espingardas em 12 ga rendem melhor em CQB. Porém, Fackler não obtém sequer esta vitória, já que não especifica que o melhor rendimento ocorre em CQB, mantendo a questão em termos gerias, onde esta permanece carente de prova. Vê-se que nem mesmo neste ponto há o rigor pré-científico insipiente desejável (e digo "pré-científico insipiente" já que Fackler é apenas uma espécie de cientista amador leigo devotado à crítica de armas e munições): os feridos em todos os incidentes referidos foram conduzidos a hospitais em tempo hábil, tendo muito maior chance de recuperação dessa forma do que teriam soldados feridos em campo de batalha. Um homem atingido por um tiro de fuzil no campo de batalha pode nem sequer chegar a receber tratamento médico, vindo a morrer horas ou dias depois. São, portanto, situações muito diversas as que Fackler compara abusando da mais irrestrita promiscuidade intelectual e verborragia jocosa e inútil.

Todavia, considerando-se que os projéteis oriundos do AK47 no atentado de Stockton tivessem transfixado realmente os tóraxes de alguma ou algumas das vítimas sem provocar a morte isso, até certo ponto, viria ao encontro da inquietante questão que é o eixo central das nossas modestas especulações no artigo "CT30: Dragão Em Pele De Cordeiro?":

Será que os calibres supersônicos excessivamente transfixantes que, eventualmente, perdem todo o "stopping-power", falhando em incapacitar os seus alvos a pouca distância, teriam melhor performance nesse quesito com cargas subsônicas?

É claro que essa questão, em princípio, nada tem a ver com graus de letalidade, mas sim com a capacidade de provocar estado de choque medida em termos probabilísticos a que se chama poder de parada, ou, em língua inglesa "stopping-power". Entrementes, poder-se-ia discutir também se o grau de letalidade, importante apenas em campos de batalha, poderia ser potencializado através da maior transferência de energia para o alvo oriunda de projéteis com cargas subsônicas.

O 9x39mm, desenvolvido pelos russos para o moderno VSS "Vintorez" é um exemplo de evolução do 7.62x39mm já citado no artigo "CT30: Dragão Em Pele De Cordeiro?".

Seria possível que a bala do Vintorez, ao transferir toda a energia cinética que de que está carregada, tenha maior êxito em incapacitar à pequenas distâncias do que a munição padrão do AK47, preparada para transfixar obstáculos numa floresta tropical, por exemplo, ou em outras situações de batalha, ao passo em que o "anêmico" 5.56mm se deixa desviar até mesmo pelo vento, não mencionando os mais tênues obstáculos? E, com ter maior poder de parada (se for este o caso), será que tal munição chegaria a ter também maior grau de letalidade que a munição padrão do AK (a M43) full-metal-jacked? É possível adimitir-se sem hesitação que a ocorrência do estado de choque deixaria o alvejado mais a mercê de um próximo disparo e, outrossim, que poderia tornar a sua locomoção e socorro mais lentos e dificultosos tanto mais quanto mais duradouro o estado de desfalecimento.

Seria possível que pontas expansivas ou, novamente, subsônicas e, ademais, pesadas naquela MT12 do incidente citado também no artigo "CT30: Dragão Em Pele De Cordeiro?" tivessem derrubado de imediato o delinqüente mencionado, causando estado de choque, e salvando a vida daquele Cabo PM?

Será possível que a CT30 com munição M1 subsônica rendesse melhor em CQB e talvez até em campo de batalha (duas questões distintas) do que com a munição de carga padrão de que se queixaram os soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra, visto que transfixava o inimigo, falhando em incapacitá-lo?

As questões estão cada vez melhor delineadas, e respeitam, neste caso, a carga de propelente e não estilo de pontas. O que nós não podemos, nem pretendemos fazer é tentar responder: isso, obviamente, só a prática nos teatros de operações militares e no serviço policial quotidiano poderá fazer, pois que nem mesmo os testes laboratoriais têm o condão de predizer como será, em termos reais, o efeito das munições sobre seres humanos em todos os ambientes físicos e situações possíveis.

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Em apêndice.
Disparates sobre armas e munições publicados por Fackler só no artigo em tela:


"As balas militares FMJ (“full-metal-jaquet”) são projetadas especificamente para limitar o rompimento de tecidos – para ferir ao invés de matar." O 7.62x51, o .56x45, o 7.62x39mm e todo calibre militar de fuzil estão nesse saco: ferir sem matar...

"Presumivelmente encomendadas por razões "humanitárias" pela Conferência de Paz de Haia de 1899, este tipo de projéteis na realidade revela-se mais eficaz para a maioria das guerras [por ferir sem matar]."

“Isto significa que a maioria dos tiros de AK-47 passará através do corpo sem causar maiores danos que os produzidos por balas de arma de mão.”




Martin L. Fackler



quarta-feira, 29 de outubro de 2008

CT 30: Dragão Em Pele De Cordeiro?




A Wikipedia em inglês traz algumas informações sobre a munição .30M1, no verbete sobre a M1 Carbine, que merecem nota especial, à guisa já de introdução para o tema deste tópico.

"The .30 Carbine had a round-nose 110 gr (7.1 g) bullet, in contrast to the spitzer bullet designs found in most full-power rifle cartridges of the day. From the M1 Carbine's 18 in (460 mm) barrel, the .30 Carbine cartridge produced a muzzle velocity of approximately 1,970 ft/s (600 m/s), a velocity between that of contemporary submachine guns (approximately 900 to 1,600 ft/s (300–500 m/s)) and full-power rifles and light machine guns (approximately 2,400 to 2,800 ft/s (700–900 m/s)). For example, the U.S. M3 submachinegun, chambered in .45 ACP, had an MV of 920 ft/s (280 m/s); the British Bren light machine gun in .303 British reached 2,440 ft/s (740 m/s); the M1 Garand firing .30-'06 had an MV of 2,800 ft/s (850 m/s). At the M1 Carbine's maximum listed range of 300 yards (270 m), its bullet has about the same energy as pistol rounds like the 7mm Nambu do at the muzzle. Bullet drop is significant past 200 yards (180 m)." Texto completo: http://en.wikipedia.org/wiki/M1_carbine .

Em contraste, no site das Forjas Taurus em português, apontado com justiça por brasileiros como ruim e desatualizado, consta que a CT 30 dispara projéteis a uma velocidade inicial de 300 m/s:
http://www.taurusarmas.com.br/?on=produtos&in=detalhe&produto_id=45 .

Ora, pergunta-se: qual dos dois sites terá razão?

PRIMEIRA PARTE.



O calibre .30M1 foi desenvolvido no princípio dos anos quarenta, nos EEUU, e toda vez que é mencionado contemporaneamente parece estar associado a um dos temas mais apaixonantes do universo armas e munições: projéteis subsônicos.

Pesado, com 7.1 gramas de massa, a mesma massa do projétil de .357 Mag, o .30M1 se presta bem ao que esse bom artigo linkado abaixo chama “Search For The Ultimate Subsonic Bullet” (“Procura da Bala Subsônica Ideal”).

http://members.shaw.ca/cronhelm/SubsonicBullet.html .


Sucede que os aficcionados pela recarga de munições vêem nessa bala de ponta arredondada uma esperança para os seus anseios de uma munição que, usando menos propelente, torne-se mais acessível em termos de custos e dê conta de matar javalis e “varmint”, pequenos animais que, por serem muito leves, pedem uma pressão considerável para o seu abate a tiros.

Outro ponto interessante daquele mesmo texto da wikipedia em inglês linkado acima é este: “Nevertheless, reports of the carbine's failure to stop enemy soldiers continue to figure in individual after-action reports, postwar evaluations, and service histories of the U.S. Army and Marine Corps. Recent evaluations of the .30 Carbine cartridge indicate it is in fact an effective penetrator”.

Ora, se o .30M1 for um calibre excessivamente transfixante à uma velocidade de 600 m/s, talvez não o seja a 300 m/s, - uma velocidade subsônica. Vamos manter esta premissa em mente e retornar a ela mais adiante.

Munição subsônica tem sido empregada em armas de guerra tão modernas como o VSS (“Vintorez”) russo, em 9x39mm, um calibre que utliza o mesmo estojo do 7.62x39mm do AK-47.

No caso do Vintorez, o objetivo da redução na quantidade de energia cinética dos projéteis é evitar o dito “bum supersônico” produzido por estes ao romperem a barreira do som. Esse ruído associa-se ao da queima do propelente no interior da câmara de combustão para tornar o estampido de algumas armas impossível de abafar suficientemente com a tecnologia conhecida até o momento.

Bem, o .30M1 tem o mesmo diâmetro dos mais poderosos calibres modernos de assalto, o 7.62x51mm OTAN e o 7.62x39mm russo, e, ainda, o mesmo diâmetro de outro interessante cartucho subsônico, o .30 Whisper que, no vídeo abaixo, é utilizado num AR-15 adaptado com abafador.



Entretanto, a excelência das balas subsônicas pode ser encarada a partir de outras facetas além da sua adequação ao uso com abafadores.

Transfixando muito menos do que os supersônicos, os projéteis subsônicos resolvem um dos mais sérios problemas relativos à escolha de munições para uso policial em centros urbanos: o de se atingirem pessoas inocentes com balas extraviadas do alvo, as chamadas “balas perdidas”.


Segundo o artigo acima sobre a “A Busca da Bala Subsônica Ideal”, o .30 M1 subsônico, com carga reduzida, perfuraria bem, a pouca distância, até os mais recentes coletes de kevlar, mas, conforme outras fontes, perderia consideravelmente a energia a cento e cinqüenta metros.

A esta altura, podemos retomar aquela premissa sobre o cartucho de .30M1 preparado como munição subsônica ser menos transfixante que o default. Ora, isso faz pensar numa hipótese interessante sobre o que se lê no site da Taurus a respeito da velocidade incial das balas que deverão sair do cano da CT 30 ser de 300 m/s: será que a arma foi projetada para uso com munição subsônica? Se tiver sido, é possível que nós vejamos o surgimento da referida munição nas prateleiras das lojas em pouco tempo e seria justo que fosse mais acessível em termos de custos,
embora o .30 M1 tenha sido classificado pelo Exército Brasileiro como calibre restrito, há tempos, e o DFPC, mais recentemente, tenha mantido a restrição.

Assim, sem termos sido capazes, até o momento, de responder com certeza à questão levantada no primeiro “post” deste tópico, deixamos no ar essa conjectura como explicação provisória para a possibilidade de que nem a wikipédia nem o site da Taurus tenham errado em relação à MV (“muzzle-velocity”) dos projéteis mencionados por cada qual.


SEGUNDA PARTE.



Eu me lembro de ter ficado fascinado na primeira vez em que vi alguém atirando com um rifle Puma numa lata de tinta vazia a seis metros de distância: a lata não se moveu, causando a impressão de que o atirador tivesse errado o tiro, mas não foi isso que aconteceu.

Sucessede que o projétil no calibre .38 atravessou a lata a uma tal velocidade que não houve qualquer transferência de energia cinética para esta e o objeto permaneceu imóvel, embora tenha sido perfurado de lado a lado, ou “de fora a fora”, como se diz na roça, onde ocorreu esse evento.

Bem, essa alta velocidade supersônica de algumas munições garante uma série de vantagens a estas, como maior alcance e precisão a longa distância, mas, em contrapartida, não havendo transferência de energia cinética para o alvo, não há o chamado “stopping power”.

Um exemplo trágico disso me foi relatado por um policial militar do Rio de Janeiro há alguns anos. Segundo o sargento, em dada ocasião, um cabo PM esvaziou o carregador da sua MT12 num cavalheiro que portava uma .45 ACP e tinha muita cocaína no sangue, de modo que esse cavalheiro não caiu, a despeito dos tiros supersônicos que recebeu e ainda matou o cabo com um único tiro de pistola. Em seguida, esse mesmo cavalheiro atirou no sargento que estava na cobertura; o projétil passou de raspão, chegando a queimar a farda deste que, então, deu a volta por trás do Golf do toxicômano engatinhando para conseguir matá-lo.

Ora, qual a vantagem do .45 ACP sobre o 9mm PARA da MT12 na situação descrita?

Resposta: o .45 ACP é um poderoso calibre criado pelo projetista norte-americano John Browning no princípio do século XX. O projétil deste calibre pesa 15 gramas e é propelido a uma velocidade subsônica de 260 m/s, sendo muito pouco transfixante, uma vez que transfere toda a energia que carrega para o alvo.


Como o .30M1 é também um calibre altamente penetrante no default, seria talvez muito oportuno que pudesse ser fabricado numa versão subsônica para a CT 30, isso garantiria, possivelmente, um maior poder de parada.

Teste da CT 30 feito por um policial civil de São Paulo:






Nas Ingram MAC 10 e 11 é utilizado o calibre .380 Auto, ou 9mm “Corto” (curto) porque estas são pistolas-metralhadoras em “blowback”, não possuindo sistema de trancamento do ferrolho, o que simplifica a sua fabricação e as torna, inclusive, menos onerosas. Entrementes, o 9mm curto funcionou bem nestas armas aterradoras outrossim porque, sendo disparado de uma destas em situações análogas a do incidente policial descrito acima, a muito pouca distância do alvo, este calibre subsônico (massa entre 5,5 g e 6,2 g, velocidade entre 275 e 305 m/s e alcance efetivo de apenas 25 m), teria possivelmente causado maior transferência de energia àquele cavalheiro, derrubando-o. Ou seja, é possível que um calibre tenha melhor desempenho em CQB, usando menos propelente, conquanto isso possa soar estranho num primeiro momento para muitos.

Espera-se que a CT 30 possa oferecer um bom rendimento, se utilizada com a munição ideal de modo a resolver essa questão sobre baixo poder de parada e, ainda, evitar incidentes envolvendo mortes de inocentes por transfixação ou bala perdida do alvo à longa distância, o que virá a provar que a arma realmente é um “dragão em pele de cordeiro”.

"Definitive History Of 6.8mm SPC - Is It All That?"



Esse livreto é indispensável para quem lê em inglês e se interessa pelo assunto armas de fogo e munições.

Alguns trechos da publicação e traduções feitas por nós:

“Troubling reports about 5.56 performance were coming back
from the field. Several soldiers had been killed or wounded by
Taliban fighters who had already been shot multiple times by the
Americans’ 5.56 M4 carbines. These failures to incapacitate
spurred the 5th Special Forces Group (SFG) to design an
“Enhanced Rifle Cartridge” (ERC) to outperform 5.45x39mm,
5.56, 5.8x42mm and 7.62x39mm”
.

Problemáticos relatos sobre a performance do 5.56 estavam chegando do campo de batalha. Muitos soldados tinham sido mortos ou feridos pelos Talibãs, os quais já tinham sido alvejados inúmeras vezes pelo 5.56 das carabinas M4 americanas. Essa falha em incapacitar esporou o 5º Grupamento de Forças Especiais a projetar um “Cartucho de Rifle Potencializado” (“Enhanced Rifle Cartridge”, ERC) para superar o 5.45x39mm, 5.56, 5.8mm e 7.62x39mm”.


“Even though the project was canceled, Special Forces soldiers
had come to realize 7.62x39mm provided increased lethality
over 5.56, especially when penetrating barriers”
.

Apesar de o projeto ser cancelado, os soldados de Forças Especiais tinham descoberto que o 7.62x39mm proporciona imensa maior letalidade que o 5.56, especialmente quando atravessando obstáculos
.


O livro agora pode ser lido on-line (clique aqui).



Download do livreto em formato PDF aqui.




O livro é muito respeitoso em relação ao 5.56mm OTAN, mas não omite a verdades flagrantes.

Há, ainda, tabelas de estudo comparado sobre o desempenho do 6.8mm SPC em face de outros calibres as quais podem ser úteis.


Capa do trabalho - bastante nacionalista como é comum nos EEUU:





Dica: Como Reagir Imobilizado



Primeira situação: abordagem por trás com gravata em pé.



Vamos supor que uma mulher seja imobilizada por trás com uma gravata.

Se a gravata for dada com o braço esquerdo, a fronte do oponente ficará visível do lado direito da cabeça da vítima. Surgem, então, duas possibilidades preferenciais:

1 - usando, se possível, a empunhadura dupla, alvejar a fronte do agressor;
2 - alvejar a baixo ventre ou a coxa deste com a mão esquerda, enquanto a direita se posiciona entre o braço do oponente e o pescoço da vítima.

Na hipótese "2", a vítima vai estar evitando o desarme ao movimentar a arma no lado em que o agressor está com o braço ocupado.

Se a gravata for aplicada com o braço direito, inverte-se esse esquema.

A hipótese "1" depende da oportunidade: a fronte do agressor estar no mesmo plano ou altura que a da vítima e esta sentir que pode alvejá-la com facilidade.

A vítima deve, ainda, tentar valer-se da empunhadura dupla para dificultar o desarme: (1.1) se o pulso da mão que segura a arma for seguro pelo agressor, a vítima deve passar a arma à mão fraca imediatamente e tentar alvejá-lo nas regiões indicadas na hipótese "2".

Uma vez que haja um distanciamento entre agressor vítima, quiçá, por força do primeiro ou primeiros disparos, esta deve assumir a sua posição ideal de tiro, base e empunhadura, e mirar sobre a "mosca", ou seja, o lado esquerdo do peito do alvo - vide: Dica: Advertência Sobre Tiro de Advertência .


Uma simples gravata, especialmente, se aplicada por um homem forte numa mulher, pode causar interrupção do fluxo sanguíneo e do fluxo de oxigênio para o cérebro, causando perda dos sentidos na vítima em poucos instantes.


Obsão 1: se esses movimentos puderem ser praticados com uma arma de brinquedo e o auxílio de um instrutor particular de defesa pessoal, pode haver um condicionamento que evite a necessidade de refletir sobre como reagir no momento crucial em questão, quando não se deve hesitar.

Obsão 2: aquele estrangulamento aplicado no chão pelo Bruce Lee em alguns filmes, semelhante a uma gravata, que não permite ao oponente mover as mãos inviabiliza a defesa com armas, obviamente, por isso foi mencionada a gravata em pé.


Segunda situação: o agressor segura pulso ou aplica chave de braço em pé.


Neste caso, estique o braço imobilizado, distanciando-se do agressor e alinhe o corpo de lado em relação a ele; saque a arma com a mão disponível, empunhando-a junto ao seu peito. Evite o disparo contra seu próprio braço imobilizado, (1) mirando o agressor, preferencialmente, no baixo ventre, no caso da chave de braço em pé, e (2) mirando o peito do oponente, no caso do pulso seguro.

Convém treinar o saque e mesmo o tiro com a mão fraca esporadicamente para a eventualdade de que a mão forte esteja imobilizada por um agressor, bloqueada por qualquer tipo de objeto, ou ferida. Convém, ainda, ter a sua arma, ou uma "backup", em posição que possibilite o saque com a mão fraca em caso de necessidade.


Obsão 1: é muito fácil liberar o pulso seguro por um agressor de qualquer porte físico, quando se tem treinamento em defesa pessoal, mas quando se não tenha, já bastam os passos acima.

Obsão 2: os movimentos do Aikido são excelentes para complementar a defesa pessoal com armas, inclusive, de fogo, pois foram compilados para a defesa do lutador munido de espada quando este fosse seguro por oponentes.


M4A1: E A Bíblia Da Colt Não Tinha Razão.




A carabina M4A1, atualmente, a arma básica do “US Army”, põe termo à polêmica sobre a inépcia ou não do calibre 5.56mm OTAN.

O 5.56mm OTAN foi defendido durante décadas como um calibre ideal para rifles de assalto com base no conceito de que ferir o soldado inimigo em campo de batalha seria mais vantajoso do que matá-lo.

Baseado no .223 Remington, um calibre para abater pequenos animais de caça (“varmint” em inglês), o 5.56mm foi desde o seu surgimento combatido por muitos, mas se impôs junto com a família de rifles desmembrados do AR10 (“Armalite model 10”) que tiveram no M16 o seu membro mais destacado. O AR15 (“Armalite model 15”) era uma versão mais compacta do AR10 e o primeiro M16, fabricado já pela Colt, uma versão ligeiramente modificada do AR15.

Esse excelente artigo em português constante da wikipédia e linkado abaixo inclui a sentença: “Até hoje é um mistério como a Colt fez com que o AR-15 fosse adotado pelo US Army, sobre o nome código M16A1, muitos acreditam que foi uma decisão política, pois não faz sentindo algum trocar uma arma precisa e confiável comoo M-14 com calibre 7,62x51mm OTAN, um dos calibres com maior poder de fogo, por um fuzil cuja a única vantagem evidente é o peso”.
O artigo vem sendo combatido pelos "quintas colunas" pró-estadunidenses que não medem esforços para defender os interesses daquele país frente aos interesses nacionais e em tudo se assemelham aos antigos cultores do nazi-facismo no Brasil dos anos trinta e quarenta:
http://pt.wikipedia.org/wiki/AR-15 .

Uma grande verdade relacionada a isso é que o M14 nunca foi inteiramente substituído pelo M16 nas FFAA dos Estados Unidos e este outro verbete em inglês da wikipedia ilustra isso muito bem, inclusive com ótima coleção de fotos:
http://en.wikipedia.org/wiki/M14_rifle

Se procedem em alguma medida os escândalos sobre emprego de soldados ineptos nas FFAA dos Estados Unidos, sem dúvida foram estes os usuários-padrão do M16, ao passo em que o M14 — ou, mais precisamente, o M25)
continuou provendo o “Designated Marksman Rifle (DMR)”, como são designados os melhores atiradores de cada GC no USMC. O MBR ("Main Battle Rifle") norte-americano foi-se desdobrando numa família prestigiosa que inclui o M21, o M25 e a carabina SOCOM II, todos em 7.62mm OTAN e "netos" do M1 Garand.

Lista de armas utilizadas pelo USMC:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_weapons_of_the_U.S._Marine_Corps

É impossível saber até que ponto a força política do "lobby" da Colt pode eclipsar a clareza dessa realidade, fazendo com que seja vendida ao mundo a imagem do insipiente M16 associada aos militares estadunidenses em escala superior à real, enquanto que do M14 e congêneres pouco se tem notícia através do cinema e outros meios de comunicação.

Teorias conspiratórias a parte, a rejeição pelo M16 e pelo calibre 5.56mm OTAN estão presentes em muitos documentos úteis.

Este vídeo da série “Armas do Futuro”, do Discovery Channel, traz uma consulta a um militar veterano de Forças Especiais do Exército Norte-Americano o qual lamenta o emprego do 5.56mm na Guerra do Vietnã, ao passo em que é apresentado o 6.8mm SPC Remington como uma das soluções em pesquisa para a inépcia daquele calibre:






Porém, uma das provas possivelmente mais cabais e definitivas da aceitação do calibre 5.56x45mm como inepto para uso em combate pelos seus antigos defensores estaria em novos conceitos incorporados à carabina M4A1: segundo algumas fontes, no default a arma passaria a operar em “three-rounds burst”, i.e., em rajadas de três tiros, possuindo um seletor que permitiria a operação facultativa apenas em “full auto”. Entretanto, passado um ano desde que surgiram essas especulações, não há confirmação da incorporação dessas modificações à arma... Ao contrário, os artigos que continham conteúdos sobre o fim dos tiros intermitentes em 5.56mm foram desaparecendo da web. É possível que a doutrina norte-americana desestimule os tiros singulares no "anêmico" calibre em questão, já que este, de fato, sempre foi defendido como útil em larga medida por adequado a dar rajadas.

Sobre a carabina M4, fontes muito importantes atualmente convergem para avaliações como esta que transcrevo a seguir do sítio Modern Firearms:

"From the first sight, the M4A1 SOPMOD is an ideal Special Operations weapon - handy, flexible, with good firepower. But the latest experience in the Afghanistan showed that the M4 has some flaws. First of all, the shorter barrel commands the lower bullet velocities, and this significantly decreased the effective range of the 5.56mm bullet. Second, the M4 barrel and the forend rapidly overheats. Third, the shortened barrel resulted in the shortened gas system, which works under greater pressures, than in M16A2 rifle. This increases the rate of fire and produces more stress on the moving parts, decreasing the reliability. While adequate as a Personal Defense Weapon for the non-infantry troops (vehicle crews, clerks, staff officers etc), M4A1 is, by some accounts, less than ideal for the Special Operations troops, at least in its present state. The idea of the complete re-arming of the US Army with the M4 as a money-saving measure, also is somewhat dubious".

A rigor, o emprego do 5.56mm em modo semi-auto está morto dentro do US Army e com o sepultamento dessa controvérsia, vê-se que “a Bíblia da Colt não tinha razão” e esse erro pode ter custado as vidas de muitas cobaias humanas norte-americanas no Vietnã.

Entrementes, razões comerciais, políticas e mesmo logísticas tendem a ir mantendo o 5.56mm em serviço nos EEUU e entre muitos dos países membros da OTAN. Uma dessas razões, que a Razão não desconhece, é a dificuldade em se aceitar uma derrota na guerra fria dos conceitos sobre armas e munições. Anuir em que o inimigo tinha razão e estava mais bem armado há sessenta anos atrás do que se está hoje é mais que doloroso: pode ser contraproducente, baixar o moral e, ainda, ajudar a vender produtos alienígenas com evasão de divisas dentro de um determinado mercado.



LWRC SABR semiauto, em 7.26mm OTAN: exteriormente "maquiado" como se fora uma versão do M-16 é, contudo, trata-se de uma outra arma, que opera com ação de gases sobre pistão.



LWRC M6A2 PSD em 6.8mm Remington SPC: outro fuzil exteriormente semelhante ao Armalite, porém com operação similar a do nosso FAL (ação de gases sobre pistão).



LWRC M6A1 em 5.56mm OTAN ou 6.8mm SPC: todas as armas da empresa levam o sistema de operação rústico e confiável mencionado que os norte-americanos tanto admiram no FAL e no AK. O trancamento destes rifles é rotativo.




Em apêndice.

Publicação da LWRC intitulada "M16 Reborn" ("M16 Renascido"): um relato definitivo sobre a rejeição do 5.56x45mm pelas FFEE norte-americanas que se esforçam no sentido de colaborar com o desenvolvimento de um calibre de assalto aceitável em relação às suas necessidades. Porém, esse M-16 renascido das cinzas da morte que a LWRC propõe, com um novo calibre de assalto, o 6.8mm SPC Remington, é de fato uma outra arma, a despeito da aparência externa, e não realmente o rifle de Stoner, a qual, inclusive, opera com ação de gases sobre pistão.

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